Fotografia 1: Caçador do Exército Brasileiro (EB) engajado em operação conduzida no Complexo de Favelas do Alemão, localizado na cidade do Rio de Janeiro-RJ. (Fonte: Acervo do COpEsp). |
A Brigada de Operações Especiais (BdaOpEsp)
do Exército Brasileiro foi criada em 2002 de acordo com o Plano de
Reestruturação da Força Terrestre. Posteriormente, em 2013, a BdaOpEsp veio a
transformar-se no Comando de Operações Especiais (COpEsp), sediado em Goiânia-GO. O COpEsp possui em sua estrutura 03 Organizações Militares (OM) de
emprego, o 1º Batalhão de Forças Especiais (1º BFEsp), o 1º Batalhão de Ações
de Comandos (1º BAC), ambos localizados na sede do COpEsp, e a 3ª Companhia
de Forças Especiais (3ª Cia FEsp), localizada em Manaus-AM. Cada uma de suas
OM operacionais possuem frações básicas de emprego extremamente peculiares, os
Destacamentos Operacionais de Forças Especiais (DOFEsp) nas OM FEsp e os
Destacamentos de Ações de Comandos (DAC) no 1º BAC. Essas OM possuem um preparo
específico, muito embora, em alguns casos, o emprego conjunto, formando os
Destacamentos de Operações Especiais (DOE), tem se mostrado eficaz.
Até então, a atividade de caçador era
exercida de maneira individual e pontual dentro dos DOFEsp ou DAC por aqueles
que apresentavam certa aptidão para o tiro esportivo de arma longa ou que tinha
experiência de caça em sua vida pregressa. A doutrina do emprego do Caçador,
sobretudo o de Operações Especiais, ainda formava seu alicerce para ganhar o
destaque dos dias atuais. Dessa forma, verificou-se a necessidade das OM do
COpEsp ter em seu organograma um fração híbrida capaz de apoiar as ações
diretas através do reconhecimento especial e do tiro seletivo a longa distância.
Neste ínterim surgiu o Destacamento de
Reconhecimento e Caçadores (DRC), fração com adestramento peculiar que visa
obter e transmitir informações necessárias ao apoio às ações do 1º BAC e
realizar ação direta seletiva com tiro de precisão. O DRC constituiu-se
efetivamente a partir de meados de 2007, em que pese estar previsto no Quadro
de Cargos Previstos (QCP) do 1° BAC desde 2004, quando o batalhão foi criado. À
reboque da criação do DRC, surgiu o 5º Destacamento Operacional de Forças
Especiais (5º DOFEsp), fração do 1º BFEsp vocacionada para as
ações de Reconhecimento Especial e tiro seletivo de longa distância, sobretudo
no combate urbano. Os militares mais experientes nas ações de comandos e
operações de forças especiais foram selecionados para comporem os Destacamentos,
cada um à sua OM. Os integrantes desses destacamentos são altamente adestrados,
preparados e maduros. São dotados de excelentes habilidades para resolver
problemas e agilidade mental para atuar nas mais fluídas situações.
Fotografia 2: Controlador da Equipe de Caçadores de Operações Especiais (EqpCçdOpEsp) operando Sistema de Comando e Controle. (Fonte: Acervo do COpEsp). |
Como consequência da observação de diversas
operações e fruto de experiências internacionais de intercâmbios e cursos,
verificou-se que o tradicional efetivo da dupla de caçadores não mais atendia
às necessidades operacionais das missões recebidas. Por esse motivo, o DRC e o
5º DOFEsp passaram ter seu organograma constituído por Equipes de Caçadores de
Operações Especiais (EqpCçdOpEsp). A composição da EqpCçdOpEsp foi reajustada
para quatro elementos: o Caçador, responsável pela realização do tiro de precisão;
o Observador, militar mais experiente, responsável pelo auxílio direto ao
atirador; o Auxiliar de comunicações, responsável pela transmissão de dados e
por operar o diversos meios de comunicação orgânicos da equipe e; o Auxiliar de
saúde, responsável pela segurança da posição e por prestar os primeiros
socorros aos integrantes da equipe, caso seja necessário. Uma pequena distinção
se faz entre as Equipes do DRC e do 5º DOFEsp. Devido ao fato das Equipes de
Caçadores (EqpCçd) do DRC atuarem, prioritariamente, em apoio às ações do 1º
BAC e de maneira isolada, suas Eqp possuem um Comandante, sendo ele Oficial ou
Sargento, de acordo com a demandas específicas da missão, e este
obrigatoriamente com o curso de Forças Especiais. Já as equipes do 5º DOFEsp,
por possuírem seus caçadores com a formação de Operador de Forças Especiais,
essa necessidade relativa às questões específicas às Op FEsp passam a ser
supridas, não excluindo a possibilidade de incluir eventualmente um militar
para comandar uma EqpCçd OpEsp.
Fotografia 3: Fuzil de
Precisão de Ação Manual de dotação do DRC e 5º DOFEsp, modelo MSR, multicalibre
.300, .308 e .338. (Fonte: Acervo do COpEsp). |
Desde então, o COpEsp emprega suas frações de
Caçadores de Operações Especiais para proporcionar informação específica,
precisa, detalhada e em tempo real, de importância estratégica ou operacional,
em apoio a outros Destacamentos, a uma Força-Tarefa de Operações de Especiais
como um todo ou, ainda, para escalões no processo decisório no nível operacional.
Destaca-se o emprego maciço das Equipes de Caçadores de Operações Especiais do
COpEsp como plataforma de informação nas Operações de Contraterrorismo (grandes
eventos e segurança de dignitários), de apoio às ações diretas integrando o
Destacamento de Operações de Paz (DOPaz) na Missão das Nações Unidas para
Estabilização do Haiti (MINUSTAH) e nas recentes Operações de Apoio aos Órgãos
Governamentais (OAOG) na cidade do Rio de Janeiro em comunidades com alto nível
de insegurança e risco político para as ações.
Continua...
Parabéns! Excelente explanação! Caveira!!!
ResponderExcluirMuito bom! Aguardando a continuação! Força!!!
ResponderExcluirExcelente texto! Aguardando ansioso a continuação.
ResponderExcluirtirou echo no texto!!
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