Fotografia 5: Destacamento de Mergulhadores de Combate (DstMEC) efetuam procedimentos de infiltração simulada nas dependências da Base Almirante Castro e Silva (BACS). (Fonte: Acervo do GRUMEC). |
Atuando em inúmeras operações
realizadas pela Armada, sendo solicitada a atuar de forma cada vez mais
contundente nas ações em que se engajava, a Divisão de Mergulhadores de Combate
(DIvMEC) foi convertida, em 1983, no Grupo de Mergulhadores de Combate (GruMEC).
A partir de então, os MECs, subordinados ao Comando da Força de
Submarinos (ComForS) da Marinha do Brasil (MB), passaram a participar de grande parte das Operações Anfíbias (OpAnf) promovidas pela Esquadra, entre as quais
destacam-se: exercícios de ataques a
embarcações; operações ribeirinhas na Amazônia e no Pantanal mato-grossense;
exercícios de retomada de navios e plataformas de petróleo envolvendo o resgate de
reféns, entre outras.
Para atender pronta e eficientemente às
solicitações da Esquadra, o GruMEC buscava constantemente por inovações
técnicas que melhor qualificasse sua doutrina de emprego. Nos anos 1980,
utilizando embarcações submarinas, foram realizados lançamentos de MECs em
imersão por “guaritada” (saída do submarino pela guarita de
salvamento/lançamento). Nessa mesma década, foram realizados procedimentos de
infiltração por paraquedas (técnica até então executada de forma exclusiva do
Exército Brasileiro [EB]), além do primeiro salto executado na água por uma
unidade da MB. Esse salto em particular, datado de 1983 e efetuado em conjunto
com o PARA-SAR (unidade de elite da Força Aérea Brasileira [FAB]), requereu o
lançamento de Embarcação de Desembarque Pneumática (EDPN) para realizar um
encontro oceânico com submarino. Tais inovações foram possíveis a partir do
amálgama de saberes empíricos com conhecimentos adquiridos em intercâmbios com
unidades congêneres internacionais, entre as quais: Grupamento de Mergulhadores
Táticos (APBT [Agrupación de Buzos Tácticos]), da Argentina; Mergulhadores
Táticos da Armada (Buzos Tácticos [BT]), do Chile; Unidade Especial de
Mergulhadores de Combate (Unidad Especial de Buceadores de Combate [UEBC]), da
Espanha; SEALs, dos EUA.
Sobre a adoção da expressão latina
Fortuna Audaces Sequitur, traduzida como “A Sorte Acompanha os Audazes”, como
lema do GruMEC. Considerada como uma das representações simbólicas mais
significativas da unidade, signo imaterial dos valores e tradições dos MECs,
essa legenda foi adotada como mote a partir da segunda metade da década de
1980.
Atendendo a orientações ministeriais
emitidas com o objetivo de oferecer a melhor qualificação possível para as
futuras lideranças do GruMEC, em 1996 o Centro de Instrução e Adestramento de
Submarinos e Mergulho (CIASM) cria o Curso de Aperfeiçoamento de Mergulhador de
Combate para Oficiais (CAMECO), curso que formaria a primeira turma de oficiais
MECs em dezembro de 1998, dois anos após a aprovação do seu currículo de
atividades.
O ano de 1997 representa um divisor de
águas na história dos MECs. Através da portaria nº 371, emitida em doze de
dezembro pelo então Ministro de Estado da Marinha, Almirante-de-Esquadra Mauro
Cesar Rodrigues Pereira, foi criado o Grupamento de Mergulhadores de Combate
(GRUMEC). A data publicada no documento supramencionado marca a gênese do
GRUMEC como Organização Militar (OM), unidade que seria estruturada em três
equipes básicas de OpEsp (Alfa, Bravo e Charlie) além de um grupo de operações
de contraterrorismo (GERR/MEC).
Outro importante elemento da simbologia
do GRUMEC tem sua origem vinculada a criação da OM. Elaborada em 1998, a
heráldica (brasão) da unidade foi idealizada a partir de um emblema concebido
no final da década de 1970 em referência às origens do GRUMEC no exterior (EUA
e França).
Em 1999 ocorre a criação do Curso
Expedito de Desativação de Artefato Explosivo (C-EXP-DAE) ofertado para
mergulhadores da MB. Desenvolvido com o intuito de conduzir operações de
Minagem e Contramedidas de Minagem (CMM), o referido curso foi inicialmente
ministrado pelo Departamento de Operações Especiais (DOE) do CIAMA, ficando a
cargo da Escola de Mergulho por um período, retornando posteriormente a
responsabilidade do DOE. Cabe destacar que o GRUMEC dispõe de uma equipe
Desativação de Artefato Explosivo (DAE) que lhe é subordinada ao GRUMEC,
componente fundamentalmente importante para o desempenho das atividades CMM à
cargo da unidade.
Analisando a prolongada série de
adestramentos realizados no início do século XX! visando à integralização de doutrinas
e capacidades operativas das Forças Armadas (FFAA) brasileiras, o GRUMEC teve
destacada atuação no treinamento ocorrido em diversas edições das operações
TROPICALEX, TEMPEREX e ASPIRANTEX. Os MECs também atuaram na Operação ADEREX
II, realizada em 2009 com o objetivo de proteger a área marítima do litoral do
estado do Espírito Santo (onde se localiza o maior complexo portuário da
América Latina) e a Bacia de Campos no estado Rio de Janeiro (região onde se
concentra a maior parte da produção nacional de petróleo). Também é digno de
nota o engajamento do GRUMEC na Operação Atlântico II, quando em 2010,
simulando uma situação de conflito real, o GERR/MEC realizou a retomada da
plataforma de petróleo P-43 (localizada na Bacia de Campos) ocupada por militares,
que travestidos de elementos adversos, submeteram os trabalhadores fazendo-os
reféns. Sobre o treinamento que compreende situações de resgate de pessoal
(reféns), evidencia-se o envolvimento do GRUMEC na série de exercícios RETREX,
que têm a finalidade de habilitar os meios navais, aeronavais e Corpo de
Fuzileiros Navais (CFN) em ações de retomada de instalações de interesse da
MB.
Firmeza Brothers, tem alguma forma de ingressar no GRUMEC mais ''rápida'' (pelo fato do desgaste físico de um MEC, por isso penso que quanto antes entrar melhor e mais tempo dentro do grupamento terá). Por exemplo eu, tenho MÉDIO Completo, minhas possibiladades são Escola Naval e Escola de Aprendizes Marinheiros. Porém a EN são 5 anos de estudos pra poder fazer o curso CAMECO para oficias, ou pelas EAMs são um ano de estudo (48 semanas = 11 meses) sendo Grumete, agora vem o porém, o militar dps de 5 anos como Cabo pode fazer o Curso de Habilitação a Sargento (3º) - ou seja pela EN são 5 anos no min. para ser MEC
ResponderExcluirE a pelas EAMs são 6 anos. é isso?
Vi também os concursos de Quadro Complementar de Oficias que precisa Formação Superior. Ai o curso é de 39 semanas e requer formação em algumas das áreas que esta escrito no site marinha , a maioria é engenharias, engenharia naval, eng ambiental, nuclear, de minas, bioprocessos, quimica, mecânica, várias outras... (áreas que n me atraem em nada). Mas tbm é outra possibilidade de ingressar no GRUMEC pós todos esses cursos que os dois juntos, o superior e o da marinha , dão tbm 5 anos ou 6 no min pra ser MEC.