quinta-feira, 6 de abril de 2017

As Garras do T.I.G.R.E: Por Dentro da Unidade de Elite da Polícia Civil do Paraná (Parte Final)

Adaptação de artigo publicado por Anderson Subtil na Revista Soldiers RAIDS*.

Fotografia 4: Integrantes do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (TIGRE) participam de exercício de preparação para a Copa do Mundo de 2014 realizado no Brasil. (Fonte: Acervo de Anderson Subtil).

Como componentes da Polícia Civil do estado do Paraná, os integrantes do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (TIGRE), cotidianamente, não andam uniformizados, trajando fardamentos táticos apenas durante os treinamentos e/ou ocorrências. A unidade dispõe de um uniformes no padrão Olive drab, para operações conduzidas em ambiente urbano, e camuflagem Multicam para ações realizadas na região de Mata Atlântica próxima ao litoral do estado. Para proteção torácica, os operadores do TIGRE valem-se de coletes táticos do tipo MOLLE (Modular Lightweight Load-carrying Equipment) comportando placas balísticas. São utilizadas pelos membros da unidade escudos balísticos de Aramida, “mochila de entrada” contendo alicates para secção de cabos, aríete, além da Halligan bar, ferramenta multiuso (usada para curvar, torcer, golpear e/ou perfurar) empregada tanto para aplicações táticas quanto para situações envolvendo o resgate de vítimas. Capacetes, luvas e botas táticas completam a panóplia de equipamentos individuais.
Os equipamentos de comunicação e vigilância à disposição da unidade incluem: rádios táticos, binóculos de longo alcance, câmeras fotográficas com lentes telescópicas, câmeras de vídeo digitais. 
Para o transporte das equipes táticas e para o serviço de investigação, o TIGRE conta com uma frota de veículos caracterizados ou não, a se destacar na dotação da unidade: caminhonetes, SUVs e sedans.          
Conforme a necessidade exige, o TIGRE recebe suporte do Grupamento Aéreo (GRAER) da Secretaria de Segurança Pública, unidade responsável por prover apoio aéreo às unidades de polícia do estado do Paraná. O mesmo ocorre com os negociadores de reféns que trabalham para a Polícia Civil do Paraná.


Fotografia 5: Operadores do TIGRE executam técnicas de Tiro de Precisão durante o “Exercício Conjunto Interagências de Enfrentamento ao Terrorismo” realizado em maio de 2016  na sede do Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro, localizada na cidade de Goiânia-GO. (Fonte: Acervo de Anderson Subtil).

O armamento principal dos operadores do TIGRE é o fuzil de assalto Colt M4 calibre 5,56 OTAN, adaptado ergonomicamente às necessidades do usuário e customizado com trilhos tipo “Picatinny” para adaptação de diferentes dispositivos, sendo: aparelhos optrônicos (miras holográficas e red dots); lanternas táticas; carregadores semitransparentes; além de empunhaduras verticais. Outros fuzis na dotação da unidade são: modelo “bullpup” Steyer AUG calibre 5,56mm OTAN; Para-FAL (Modelo 50-63) calibre 7,62mm OTAN fabricado pela IMBEL. Além dos fuzis de assalto, também são utilizadas as submetralhadoras SMT 40 calibre .40 S&W da Taurus. As espingardas calibre 12 empregadas durante as missões são os modelos “Pump Action” e CBC Tactical de coronha rebatível, ambos produzidos pela CBC. Como arma complementar, os operadores do TIGRE portam a pistola semiautomática Glock G17 de 9x19mm Parabellum.
Especificamente no que se refere ao tiro de precisão, os atiradores do TIGRE utilizam os fuzis de SR-90 calibre .308 Winchester fabricado pela Robar Companies, juntamente com a mira telescópica Leupold Mark IV 3.5-10x40mm.
Quanto ao armamento não letal, as equipes táticas da unidade empregam um kit contendo granadas distintas (fumaça; gás lacrimejante; luz e som), sprays de pimenta, cartuchos calibre 12 com esferas de borracha e projéteis calibre 40mm OTAN disparados por lançador monotubo AM-600 da Condor. 


* Anderson Subtil é natural de Curitiba-PR, onde estudou na Escola de Música e Belas-artes do Paraná. Trabalha como Artista Gráfico, Arte Finalista e Produtor Gráfico, tanto no mercado editorial quanto na indústria gráfica. Atua, paralelamente, como pesquisador autodidata de assuntos militares e de Defesa, com especial interesse na história da Segunda Guerra Mundial, tropas de relevância histórica e unidades especiais. Compõe o grupo de colaboradores das revistas Tecnologia e Defesa e Tecnologia e Defesa  Segurança, respondendo ainda pela correspondência da afamada revista Espanhola Soldiers RAIDS no Brasil. O autor é o mais novo colaborador do Blog FOpEsp, onde se responsabilizará pelas ilustrações da seção "Arquivo Histórico FOpEsp" a ser inaugurada em breve. 




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