Em 1966 a demanda de missões para as quais os
SEALs eram requeridos aumentou consideravelmente, levando a Marinha dos EUA a
aparelhar as equipes SEAL com uma Equipe de Apoio Móvel (Mobile Support Team [MST]), uma Unidade de Apoio à Embarcações (Boat Support Unit [BSU]) e helicópteros
de escolta Bell UH-1B “Seawolf”. O suporte obtido com a adição desses recursos,
que somados aos pelotões desdobrados em território vietnamita ficaram
conhecidos como “Pacote SEAL” (SEAL
Package), mostrou-se de imensa valia para ambas equipes SEAL, uma vez que
elas necessitavam de uma rápida e eficiente capacidade de deslocamento para
compensar a familiaridade das tropas Vietcongues com as condições adversas de
mobilidade por terra.
No decorrer de 1968, os pelotões da Equipe
SEAL (SEAL Team-1 [ST-1]) enfrentaram
tropas Vietcongues na região de Rung Sat, reduzindo drasticamente a atividade
das milícias sul-vietnamitas nas proximidades de Saigon (capital do Vietnã do
Sul). O resultados das operações conduzidas pelos SEALs era tão restritivo à
iniciativa da causa Vietcongue, que recompensas em dinheiro eram oferecidas
para qualquer miliciano que eliminasse um operador SEAL.
A partir de 1970, em virtude do processo de
“vietnamização” proposto pelo então presidente Richard Nixon no decorrer do
mesmo ano, o número de missões atribuídas às equipes SEAL começou a diminuir
sensivelmente. Neste período, as operações conduzidas pelos SEALs passaram a se
concentrar em ações envolvendo o resgate de prisioneiros de guerra. Sobre esse
aspecto, é importante destacar o ataque ao campo de prisioneiros realizado em
22 de novembro de 1970, quando tomando por referência dados de inteligência
previamente coletados, 15 operadores SEAL e 19 integrantes da Lien Doi Nguoi Nhia (LDNN [unidade LDNN
que opera de forma equivalente aos SEALs]) realizaram uma ação conjunta para
libertar 48 militares mantidos em cativeiro em um campo de prisioneiros.
Conforme estimativas apresentadas pelo
departamento da Marinha dos EUA, nos enfrentamentos em que se envolveram com os
SEALs, 580 vietcongues tiveram morte confirmada e cerca de 300 tiveram morte
provável. Por sua vez, as equipes SEAL totalizaram um total de 46 mortes nas
campanhas em que atuaram no Vietnã.
Por conta do processo de vietnamização as
FFAA norte-americanas começaram a se retirar gradativamente do Vietnã, sendo
que os SEALs deixaram o país definitivamente em março de 1973. Dois anos
depois, estando o Exército sul-vietnamita fragilizado em virtude da extrema
dependência do apoio militar ofertado pelos EUA, país cujo governo atravessava
profunda crise política por ocasião da renúncia do presidente Nixon em agosto
de 1974, coube às forças do Vietnã do Norte organizar uma série de ações que
culminaram com a desocupação forçada e caótica da embaixada norte-americana em
Saigon e a rendição das forças sul-vietnamitas em abril de 1975.
Pelos serviços prestados no decorrer do
conflito travado no Vietnã, as equipes SEAL receberam inúmeras condecorações.
Para ter uma noção do comprometimento que os SEALs demonstraram no cumprimento
do dever, a ST-1 foi agraciada com duas Citações Presidenciais de Unidade (Presidential Unit Citation), uma Comenda
da Marinha de Unidade (Navy Unit
Commendation) e uma Comenda de Mérito de Unidade (Meritorious Unit Comandation). Individualmente, os operadores da
ST-1 foram laureados com as seguintes distinções: uma Medalha de Honra (Medal of Honor), duas Cruzes de Marinha
(Navy Cross), 42 Estrelas de Prata
(Silver Star), 402 Estrelas de Bronze (Bronze Star), duas Legiões do Mérito (Legion of Merit), 352 Medalhas de
Comenda da Marinha (Navy Commendation
Medal) e 51 Medalhas da Marinha por Realização (Navy Achievement Medal).
Referência de Imagem:
MACDONALD, Peter. US Special Forces. Fighting
Elites. New York-NY: Gallery Books, 1990, p. 61.
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Seals sempre foram muito atuantes nos cenários de conflitos aos quais os EEUU se envolveram. No Brasil temos os MeC (Mergulhadores de Combate) que buscam essa doutrina, porém nunca se envolveram sequer numa Operação de GLO como houve na Maré, ficando sempre às sombras dos ComAnf, porém utilizam como ninguém a grande rede para assim figurar como OpEsp.
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